Há muitos anos atrás muitos usuários Linux tinham dificuldades para encontrar um player decente para seus desktops, principalmente quem estava vindo do Windows com ótimas opções de players como Winamp, Windows Media Player (que a partir da versão 7 teve um grande salto em interface e recursos) e outros. No Linux tínhamos o XMMS que tinha o intuito de ser uma alternativa ao Winamp. Na época desempenhava o seu papel muito bem. Porém com o passar do tempo não houveram novidades interessantes em termos de interface e funcionalidades.
XMMS já dominou o Linux no passado |
Lembro-me de quando eu utilizava o Slackware e frequentava constantemente o KDE-Apps e encontrei um player criado há pouco tempo (na época) chamado Amarok. Neste tempo pacotes não eram tão populares como são hoje. Portanto fiz o download dos fontes encontrados no site do projeto e coloquei o GCC do meu Slackware para trabalhar. Após algumas horas resolvendo dependências e compilando, lá estava o Amarok pronto para uso. Apesar de alguns bugs e fechamentos inesperados, o player era simplesmente "sexy". Tinha tudo o que eu queria na época e o que era mais raro: crossfading. Este era um recurso, hoje praticamente padrão em todos os players, que suavizava a transição entre dois arquivos MP3. Acompanhei o projeto por muito tempo, passando pelo lançamento da versão 1.0 e até o lançamento da nova interface que usa e abusa dos recursos do KDE 4. Compartilhei a minha experiência com muitos usuários em diversos fóruns e muitos adoraram o player.
Amarok: um player simplesmente sexy do KDE |
Pois bem, com o advento do Ubuntu e, por sua vez, a interface Gnome passando a KDE como a mais popular, eu sentia carência de um player decente em GTK2. Não que o Amarok não passa ser executado dentro do Gnome. Mas eu tento evitar mistura de bibliotecas para padronizar o ambiente. Nesta transição eu fiquei muito insatisfeito com o Rhythmbox que na época era muito básico e instável. Banshee possuía muitos recursos, mas sua interface era má traduzida para Português do Brasil. O Exaile era muito bom, mas tive alguns fechamentos inesperados.
Mas com pouco tempo esta história mudou e para o player que eu menos gostava: o Rhythmbox evoluiu e se estabilizou! Todos os recursos que eu queria como crossfading, biblioteca, sincronizar com o meu iPod Shuffle, cartão de memória, incluir capas de álbuns, letras de música, integração com Last.fm... Tudo o que eu mais gostava no Amarok estava ali no Rhythmbox. E recentemente a integração com o Gnome melhorou e a integração com o controle de volume se mostrou uma ótima idéia para deixar o desktop mais integrado e limpo.
Rhythmbox evoluiu a passos largos nos últimos anos |
Nos últimos tempos tenho explorado recursos básicos para muitos usuários, mas que eu nunca tive interesse antes. Podcasts e streaming de rádios. Como fiquei tanto tempo sem utilizar esses ótimos recursos? Hoje o meu Rhythmbox sincroniza várias fontes como CBN e Info no ar. Escuto alguma rádios internacionais e nacionais. Tudo em um único lugar. Sem contar a possibilidade de adicionar novas rádios apenas incluindo o link correto para o streaming.
Resumindo: hoje posso dizer que o Rhythmbox passou a ser um player sexy como o Amarok do KDE e atualmente não deve em nada para outros players famosos de MP3. Alguns podem dizer que ele não é completo por não tocar vídeos. Mas pessoalmente acho que são coisas que não devem ser misturadas para manter o foco no principal objetivo: ser um ótimo player e centro de execução de áudio.
Também gosto do Rhythmbox, mas o Ubuntu 11.04 vai para o Banshee como padrão.Hoje em dia uso também o VLC.
ResponderExcluirGosto do Rhythmbox para organizar as músicas e copia-las para os dispositivos portáteis, mas para ouvir música casualmente prefiro o BMP que é bem mais leve.
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